Carvão em baixa: Polônia e Coreia do Sul anunciam novas medidas para fechar usinas e investir em renováveis

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Os governos da Coreia do Sul e da Polônia anunciaram nesta semana planos para reduzir o consumo de carvão na geração de energia elétrica, o que reforça a crise que o setor vem sofrendo nos últimos anos, aprofundada consideravelmente pela pandemia.

Na Coreia do Sul, o governo do presidente Moon Jae-In anunciou que fechará 30 usinas de carvão até 2034, sendo que 10 delas deverão ser desativadas até o final de 2022. Ao mesmo tempo, o país pretende mais do que triplicar o número de instalações de geração eólica e solar até 2025 em comparação com 2019, além de aumentar a frota de veículos elétricos dos atuais 110 mil para 1,1 milhão. Moon também confirmou que pretende apresentar até o final do ano um roteiro para que a Coreia do Sul possa neutralizar suas emissões até 2050.

Já a Polônia apresentou um plano bilionário que pretende eliminar o uso de carvão em sua matriz energética até 2040. Varsóvia planeja investir cerca de US$ 40 bilhões nas próximas duas décadas na construção de usinas nucleares e unidades de geração eólica offshore. O país é um dos maiores consumidores de carvão da União Europeia e rejeitou recentemente a se comprometer com a meta do bloco de atingir a neutralidade de suas emissões até 2050. Na Reuters, o Greenpeace polonês rejeitou a proposta, dizendo que ela não especifica uma data para que o país deixe de usar o carvão, além de destinar altos volumes de recursos para a geração nuclear.

 

ClimaInfo, 10 de setembro 2020.

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