Balanço global da recuperação econômica verde: muitas promessas, poucas ações 

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No Guardian, Fiona Harvey fez um balanço sobre o cumprimento das promessas feitas por diversos países nos últimos meses em torno de uma recuperação econômica verde pós-pandemia. O resultado não é bom: centenas de bilhões de dólares que poderiam impulsionar a transição energética para fontes renováveis acabaram no bolso de empresas fósseis. Do G20, apenas Reino Unido, Alemanha e França apresentaram planos detalhados, com ações, incentivos e metas claras para recuperação verde. A União Europeia como um todo é outra exceção. Entretanto, fora da Europa, a situação é risível.

Nesse cenário, a China é um ponto de interrogação. Ao mesmo tempo em que apostou fortemente numa retomada econômica baseada em energia fóssil, Pequim anunciou nesta semana pretensões para garantir que o pico de suas emissões aconteça antes do final desta década, com sua neutralização total até 2060. Esse esforço exigiria investimentos verdes consideráveis, que ainda não estão definidos. Por ora, como uma análise publicada pelo Carbon Brief deixou clara, os estímulos econômicos para a energia fóssil superaram em três vezes aqueles direcionados para energia renovável na China.

A CNN também repercutiu esse cenário ambíguo para a recuperação pós-pandemia no mundo.

 

ClimaInfo, 25 de setembro 2020.

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