Com apoio de Europa e China, ONU isola Trump e seu negacionismo climático

28 de setembro de 2020

A “aposta climática” de António Guterres deu certo. Para o site Politico, o anúncio feito pela China durante a Assembleia Geral da ONU, se comprometendo a atingir o pico de suas emissões ainda nesta década e atingir a neutralidade delas antes de 2060, foi a maior vitória política do secretário-geral em seu esforço para revitalizar o Acordo de Paris. Com chineses e europeus a seu lado, Guterres conseguiu isolar os EUA de Trump, que deixarão formalmente o tratado em 4 de novembro, dia seguinte à eleição geral deste ano. A Bloomberg destacou a importância do anúncio chinês em termos estratégicos, especialmente para impulsionar outras economias rumo à neutralidade climática nas próximas décadas.

Em seu discurso, Guterres redobrou as cobranças – “os governos são um obstáculo em muitas áreas para que o setor privado e outras entidades possam estabelecer suas próprias transições” – e ressaltou a importância da rediscussão das agendas financeiras dos países, para canalizar investimentos a negócios e projetos que acelerem a transição para uma economia de baixo carbono.

Já a Associated Press citou declarações de líderes de diversos pequenos países insulares, muitos deles diretamente ameaçados pelo aumento do nível do mar. Na fala de todos eles, a mensagem é a mesma: precisamos agir contra a crise climática agora, sem demora.

 

ClimaInfo, 28 de setembro 2020.

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