Eletrificação de frota automotiva deve ser quase absoluta para atingir metas climáticas, sugere estudo

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Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Toronto (Canadá) estimou qual seria o percentual necessário de eletrificação da frota automobilística dos EUA para viabilizar a limitação do aquecimento global em no máximo 2°C neste século, como definiu o Acordo de Paris. O resultado é expressivo: cerca de 90% até 2050; hoje, esse número não chega a 0,5%. Para os autores, a possibilidade do segmento elétrico crescer nessa magnitude nas próximas três décadas é “irreal”; nos EUA, estima-se que os carros elétricos deverão representar, na melhor das hipóteses, cerca de metade da frota automobilística em meados deste século. Por isso, eles sugerem que os países se concentrem em investimentos massivos em transporte público e na ampliação da infraestrutura urbana para ciclistas e pedestres. “Veículos elétricos são necessários, mas por si só não são suficientes”, afirmou o autor principal do estudo, Alexandre Milovanoff, ao Daily Mail.  A pesquisa foi publicada na revista Nature Climate Change.

Em tempo: A Volkswagen anunciou ontem (28/9) uma parceria com três empresas da China para investir cerca de 15 bilhões de euros em mobilidade elétrica no país, o maior mercado automotivo do mundo, pelos próximos quatro anos. Esse investimento permitirá à montadora alemã fabricar 15 modelos diferentes de carros elétricos ou híbridos até 2025. Reuters destacou essa notícia.

 

ClimaInfo, 29 de setembro 2020.

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