Para sorte da ONU, a cúpula de biodiversidade realizada virtualmente na 4ª feira (30/9) não se limitou aos absurdos ditos por Bolsonaro. Para a maior parte dos chefes de estado e de governo que participaram da sessão, a perda acelerada de biodiversidade é um problema sério que precisa ser encarado o quanto antes.
Para António Guterres, secretário-geral da ONU, “a humanidade está travando uma guerra contra a natureza”, o que vem resultando na extinção de cada vez mais espécies de fauna e flora mundo afora. Já o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, lembrou que a pandemia enfrentada hoje é resultado direto da perda da biodiversidade, que cria condições e facilita o surgimento de doenças infecciosas de origem animal. O premiê britânico Boris Johnson também fez alusão à pandemia, destacando o exemplo do pangolim escamoso, animal ameaçado de extinção e que muitos especialistas apontam ser um dos vetores possíveis do novo coronavírus.
Havia uma expectativa quanto a possibilidade da China – país que sediará a próxima conferência da ONU sobre o tema no ano que vem – apresentar alguma nova iniciativa. No entanto, Xi Jinping não repetiu a surpresa positiva feita na Assembleia Geral da ONU e fez um discurso protocolar, sem novidades.
O panorama geral da cúpula foi destaque de BBC, Bloomberg, Climate Home e The Independent, entre outros.
ClimaInfo, 2 de outubro 2020.
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