Coreia do Sul na mira de ativistas e investidores anticarvão

Coreia do Sul carvão

Mesmo com um plano ambicioso de recuperação econômica verde e o comprometimento com o fim do financiamento de projetos de carvão, a Coreia do Sul vem sendo criticada por ativistas e investidores por seguir impulsionando negócios de carvão em outras partes da Ásia.

Um exemplo é a decisão da companhia energética Kepco de investir quase US$ 190 milhões na construção de uma usina termelétrica a carvão de 1,2 mil MW no Vietnã. O Climate Home mostrou a repercussão negativa do anúncio. Outro alvo de críticas, destacado pelo Financial Times, é o megaconglomerado Samsung, depois da divulgação de um levantamento que identificou mais de US$ 14 bilhões em investimentos em projetos de petróleo, gás e carvão nos últimos 10 anos.

Em tempo 1: Enquanto isso, a Índia está considerando a possibilidade de fechar algumas das usinas de carvão mais sujas do país como resposta à pressão crescente de membros do Parlamento para adequar a política energética indiana às metas climáticas sob o Acordo de Paris. De acordo com Bloomberg, as usinas passíveis de descontinuação representam cerca de 5% da capacidade de energia a carvão da Índia, o 2º maior consumidor global do combustível fóssil, atrás apenas da China.

Em tempo 2: Durante a campanha de 2016, Trump prometeu uma nova era de prosperidade e crescimento para a indústria do carvão. Hoje, faltando menos de quatro semanas para a eleição de 2020, a promessa está distante da realidade – e nada indica que isso vá mudar. O New York Times destacou que nem a boa vontade da atual Casa Branca, apinhada de ex-lobistas do carvão e disposta a derrubar qualquer regulação, foi capaz de mudar o jogo. Para os trabalhadores do setor, sobrou a frustração e o desemprego.

 

ClimaInfo, 7 de outubro 2020.

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