EUA entram na semana final da eleição com clima na agenda eleitoral

EUA eleições última semana

Donald Trump ou Joe Biden: na próxima 3ª feira (3/11), um deles se sagrará presidente (re)eleito dos EUA. A última semana de campanha promete ser tão intensa quanto os últimos meses, e ativistas e eleitores pretendem reforçar nos próximos dias o debate sobre a crise climática, aproveitando os incêndios florestais na costa oeste e a possível chegada de mais um furacão na região do Golfo do México.

No Guardian, Oliver Milman ressaltou a importância da eleição norte-americana para o tabuleiro geopolítico do clima nas próximas décadas. Nos últimos quatro anos, o negacionismo de Trump atingiu em cheio o Acordo de Paris exatamente no momento de sua “decolagem”: além de abandonar o tratado, Trump também deu impulso para que outros líderes negacionistas, como Bolsonaro, também recuassem de seus compromissos climáticos. Uma vitória de Joe Biden poderia mudar bastante esse jogo. Também no Guardian, Simon Tisdall reflete como o ex-vice de Obama já ensaia uma retomada do protagonismo dos EUA na agenda climática global, que passa pelo retorno do país ao Acordo de Paris e à pacificação do relacionamento bilateral com a China. Entretanto, o caminho para Biden não será fácil – como a polêmica em torno de sua declaração sobre uma “transição” do petróleo para fontes limpas de energia, dada durante o último debate, já está mostrando.

Em tempo: A Bloomberg publicou um levantamento sobre as doações eleitorais das principais companhias dos EUA. O retrato obtido é ambíguo: ao mesmo tempo em que essas empresas se dizem comprometidas com ação climática, elas doam muito mais dinheiro para candidatos negacionistas. Em média, para cada US$ 1,00 doado para nomes engajados no enfrentamento da crise climática, essas empresas doam US$ 1,84 para candidatos que se opõem a essas medidas.

 

ClimaInfo, 27 de outubro 2020.

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