Cientistas alertam que destruição de fauna e flora pode causar novas pandemias

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A menos que haja uma mudança significativa na forma como lidamos com doenças infecciosas e com a destruição do meio ambiente, as pandemias serão cada vez mais frequentes, contagiosas e danosas para a humanidade. O alerta é feito por um relatório divulgado ontem (29/10), encomendado pela Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), ligado à ONU. O estudo foi conduzido por um grupo de 22 cientistas que revisaram evidências sobre a relação entre a expansão de doenças infecciosas transmitidas de animais para pessoas (zoonoses) e a biodiversidade.

O documento estima que existam cerca de 1,7 milhão de vírus pouco conhecidos ou mesmo desconhecidos que vivem no organismo de mamíferos e pássaros mundo afora, sendo que até 850 mil deles teriam potencial de se tornar doenças zoonóticas, contaminando pessoas. Nesse sentido, o relatório sugere que, para evitar novas pandemias, será fundamental reduzir significativamente as atividades humanas que impulsionam a perda de biodiversidade, acompanhada por uma maior conservação de áreas protegidas e medidas que reduzam a exploração insustentável de regiões de alta biodiversidade. Isso ajudaria a reduzir o contato entre animais selvagens, animais domésticos e humanos, prevenindo assim a propagação de novas doenças.

O relatório do IPBES foi destacado por Estadão e Reuters no Brasil, além de veículos como Financial Times, Independent, Guardian e National Geographic no exterior.

 

ClimaInfo, 30 de outubro 2020.

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