Na última 2ª feira (2/11), uma enquete postada pela conta da petroleira holandesa no Twitter causou polêmica e irritou ativistas climáticos mundo afora. O post questionava os internautas sobre o que eles estariam dispostos a mudar para reduzir suas emissões, com quatro opções de resposta (compensar emissões, parar de voar, comprar veículo elétrico e consumir energia renovável).
A ironia de uma companhia de petróleo perguntar para o público sobre o que ele está disposto a mudar para reduzir emissões pode ter escapado à pessoa que montou a enquete. Mas a Internet não perdoa: até a noite de ontem já eram mais de 7 mil respostas. Personalidades como a deputada norte-americana Alexandria Ocasio-Cortes e a ativista jovem Greta Thunberg criticaram a Shell, respondendo que elas estão dispostas a responsabilizar a petroleira pelos impactos climáticos causados pela queima de combustível fóssil produzido por ela. Daria também para responsabilizá-la por ter escondido os riscos climáticos de seus acionistas e ter colaborado com negacionistas durante anos. Como polêmica atrai atenção, a Shell conseguiu mais de 330 mil visualizações no debate online que promoveu na sequência – e candidamente respondeu, ao final da enquete, que está trabalhando na adequação de seu portfólio de ativos e produtos para alinhar as necessidades energéticas de seus consumidores com a demanda por energia limpa. Guardian e Grist repercutiram a ação da Shell.
ClimaInfo, 4 de novembro 2020.
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