Eventual maioria republicana no Senado dos EUA pode prejudicar plano climático de Biden

Biden plano climático

A incerteza eleitoral nos EUA persistiu ao longo do dia de ontem (5/11), com a apuração em andamento em cinco estados-chave. Até o final desta 5ª feira, Joe Biden seguia na liderança em Nevada e Arizona e se aproximava de Trump na Georgia e Pensilvânia. No entanto, o encaminhamento da disputa indicava uma probabilidade maior de vitória do candidato democrata.

De toda maneira, os resultados preliminares da eleição para o Congresso e nos estados já deixaram claro uma coisa: ainda que Biden realmente seja eleito, se os democratas não tiverem o controle do Senado (ainda possível, mas difícil), a agenda climática proposta durante a campanha enfrentará uma forte oposição republicana no Congresso. Na New Yorker, Bill McKibben lamenta que, com uma maioria republicana no Senado, Biden pode ser forçado a engavetar boa parte das iniciativas defendidas para elevar a ambição e ampliar as ações climáticas por parte da Casa Branca. Para piorar, a composição da nova Suprema Corte, com uma sólida maioria conservadora de 6×3, diminui consideravelmente a margem de manobra de um eventual governo Biden na Justiça. Essa percepção não fugiu ao mercado financeiro. No dia seguinte à votação, a perspectiva de um desempenho ruim dos democratas na disputa pelo Congresso atingiu em cheio as ações de empresas de energia renovável, ao mesmo tempo em que companhias fósseis tiveram ganhos nas bolsas de valores.

 

ClimaInfo, 6 de novembro 2020.

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