Mercados voluntários de carbono precisam crescer 15 vezes mais para conter aquecimento

mercados de carbono

Em junho, a ONU lançou a “Corrida para o Zero”, uma coalizão de atores subnacionais e corporações com o compromisso de zerar suas emissões líquidas nas próximas décadas. Como parte desta iniciativa, um grupo da iniciativa privada lançou, em setembro, a Taskforce on Scaling Voluntary Carbon Markets (tradução rápida: grupo de trabalho para expandir os mercados voluntários de carbono). Existem, hoje, vários mercados voluntários no mundo todo, onde projetos que reduzam emissões ou removam carbono da atmosfera podem pleitear créditos de carbono a serem vendidos para empresas interessadas compensar suas emissões. Esses mercados têm um leque grande quanto à qualidade dos projetos aceitos. O objetivo da Taskforce é estabelecer um conjunto de princípios que garantam a integridade das transações nesses mercados. Por exemplo, hoje, não há nada que impeça um projeto de se registrar em dois desses mercados e “vender” a mesma redução de emissão duas vezes. Ontem, a Taskforce, que é liderada por Mark Carney, colocou as primeiras ideias em consulta pública. Carney é Enviado Especial da ONU para ações climáticas e dirigiu o Banco da Inglaterra e o do Canadá.

Na visão do grupo, as corporações precisarão desses créditos de carbono para irem se descarbonizando gradativamente. Estimam que a demanda nas próximas décadas poderá crescer 15 vezes. Aliás, a integridade e a confiabilidade nestes mercados também precisam crescer umas 15 vezes. A Reuters e a Bloomberg deram a notícia. A consultoria McKinsey, que faz parte da Taskforce também.

 

ClimaInfo, 11 de novembro 2020.

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