Recorde histórico de tempestades tropicais no Atlântico Norte 

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Um recorde histórico foi batido na última segunda-feira (91/11), quando Theta se formou no Atlântico Norte: trata-se da 29ª tempestade subtropical de 2020 forte o suficiente para ser nomeada em uma única temporada. Apesar de ter superado as previsões do US National Hurricane Center e outros cientistas dos EUA, Theta pode ser uma recordista breve: meteorologistas acreditam que outra tempestade tropical deverá se formar no Caribe nos próximos dias.

Eventos meteorológicos naturais, como o La Niña, turbinados pela crise climática, ajudam a entender esse recorde. Durante o La Niña, os ventos fortes de oeste enfraquecem, criando condições para que mais furacões se formem no Atlântico. A crise climática, por sua vez, entra com o combustível usado pelos ciclones: ar quente e úmido. À medida que os oceanos esquentam, mais desse combustível fica disponível.

Globalmente, grandes ciclones tropicais – conhecidos como “tufões” no noroeste do Oceano Pacífico e “furacões” no Atlântico Norte – tornaram-se 15% mais prováveis ​​nas últimas quatro décadas.

Nesse cenário, a boa notícia é que cumprir a meta mais otimista do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais poderia reduzir pela metade o risco de furacões severos no Caribe, na comparação com  2°C.

O recorde foi noticiado pelos Independent, Guardian, National Geographic e New York Times.

Em tempo: a megasseca que quase deixou a Cidade do Cabo sem água em 2018 pode ser de cinco a seis vezes mais provável em um mundo em aquecimento, segundo uma nova análise de pesquisadores da Universidade de Stanford e da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA). Eventos extremos por trás do “dia zero” de abastecimento da água podem passar de raros a eventos comuns até o final do século, de acordo com o estudo, publicado este mês na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

 

ClimaInfo, 11 de novembro 2020.

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