Com a China assumindo protagonismo internacional, Biden reforça promessa de retorno dos EUA ao Acordo de Paris

EUA China Acordo de Paris

Uma das principais ausências no rol de países que participaram da Cúpula da Ambição Climática de sábado (12/12) foi a dos Estados Unidos, recém-saídos do Acordo de Paris. No entanto, o presidente-eleito Joe Biden fez questão de lembrar a data reafirmando seu compromisso de recolocar o país e reforçar as metas climáticas norte-americanas como prioridades de seu governo. Biden reiterou que estabelecerá um objetivo de descarbonização até 2050, em linha com anúncios recentes de outros países. O futuro presidente também confirmou que pretende convidar líderes das principais economias do mundo para um encontro de alto nível nos EUA no 1º trimestre de 2021 para discutir novos compromissos e ampliar a ambição global contra a mudança do clima.

A movimentação de Biden não escapou ao radar da China. Como destacado pelo Valor, Xi Jinping espera que a nova administração norte-americana repita a bem-sucedida estratégia diplomática de Barack Obama em torno de uma parceria climática entre as duas potências, as maiores emissoras de gases de efeito estufa do mundo. Nos últimos anos, Pequim tem aproveitado o recuo diplomático dos EUA sob Trump para assumir maior protagonismo nas negociações climáticas.

Enquanto isso, o governo Trump corre para terminar a desmontagem da legislação ambiental nos EUA antes da posse de Biden. Segundo o Washington Post, a agência de proteção ambiental do país (EPA) quer dificultar a possibilidade do novo governo reverter essas ações a partir de janeiro. Para Trump, como bem colocou a National Geographic, a corrida é para garantir seu “legado” – quatro anos perdidos na luta contra a crise climática.

 

ClimaInfo, 15 de dezembro 2020.

Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.

x (x)