Depois de quatro anos de frustrações com o negacionismo do governo Trump nos EUA, a comunidade internacional espera que o retorno do país ao Acordo de Paris impulsione um novo momentum para as negociações climáticas neste ano, catalisando novos compromissos e maior ambição por parte dos países.
Como a Reuters destacou, diplomatas e observadores internacionais esperam que os EUA apresentem novos compromissos climáticos ao longo de 2021 e que atuem para que outros países – em especial, a China – façam o mesmo. A União Europeia, por sua vez, aguarda mais detalhes sobre as políticas que serão adotadas pelo governo Biden para intensificar a cooperação transatlântica. O Guardian também ouviu estadistas, especialistas e ativistas do clima sobre as expectativas pelo retorno dos EUA ao Acordo de Paris. Associated Press, Financial Times e Wired também exploraram essas reações.
Toda essa expectativa não escapou ao novo enviado especial dos EUA para o clima, o ex-senador e ex-secretário de Estado John Kerry. Em sua 1ª declaração oficial no novo posto, Kerry ressaltou o compromisso do novo governo norte-americano com a agenda climática, criticando a decisão tomada pela gestão Trump de retirar o país do Acordo de Paris. Ele também afirmou que o principal objetivo político dos EUA na agenda climática em 2021 é o sucesso das negociações na próxima Conferência do Clima da ONU (COP26), prevista para novembro em Glasgow (Escócia). “Temos a última e mais importante oportunidade do mundo de nos reunirmos para aumentar a ambição e dar o próximo passo a partir de Paris”, disse Kerry. Associated Press, BBC, Bloomberg e Reuters destacaram essa fala.
ClimaInfo, 22 de janeiro de 2021.
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