De volta à diplomacia climática, EUA planejam encontro global em abril para discutir ação contra aquecimento global

Biden diplomacia climática

Depois de quatro anos de negacionismo nos EUA, Joe Biden corre para compensar o tempo perdido e reforçar a posição do país no tabuleiro das negociações climáticas internacionais. O novo presidente norte-americano pretende organizar uma cúpula de chefes de estado e de governo em abril para marcar o Dia da Terra e impulsionar novos compromissos climáticos por parte dos países, com vistas à próxima Conferência da ONU sobre Clima (COP26), programada para novembro em Glasgow.

Segundo a Bloomberg, Biden deve confirmar a realização do evento nesta semana, junto com outras medidas do novo governo para ressuscitar a agenda de ação climática nos EUA pós-Trump. Na semana passada, uma das primeiras medidas de Biden como presidente foi o retorno dos EUA ao Acordo de Paris. O Globo também destacou essa notícia.

Segundo a Reuters, Biden também deve reforçar a ação doméstica, declarando a crise climática como uma prioridade de segurança nacional – o que abriria caminho para que a Casa Branca declare emergência, uma demanda antiga de ativistas climáticos nos EUA, que permitiria ao presidente canalisar novos esforços e recursos do governo para o enfrentamento da mudança do clima.

Falando em ativistas, o Financial Times destacou a presença maciça de veteranos de advocacy climático nos EUA em diversos departamentos do governo e na Casa Branca, um contraste brutal com relação ao governo Trump, no qual ex-lobistas da indústria fóssil controlavam a política ambiental do país.

Sobre o retorno dos EUA à diplomacia climática internacional, vale a pena ler algumas análises publicadas em Conversation, Financial Times e Valor.

 

ClimaInfo, 25 de janeiro de 2021.

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