Desigualdades sociais foram acentuadas na pandemia, alerta Oxfam

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Um levantamento da Oxfam revelou que as mil maiores fortunas do mundo precisaram de apenas nove meses para recuperar as perdas econômicas causadas pela pandemia. Já para os mais pobres, por sua vez, o caminho da recuperação é bem mais acidentado e muito mais lento: segundo a análise, eles precisarão de mais de uma década para conseguir se recuperar dos impactos econômicos da crise. “A pandemia de COVID-19 expôs, alimentou e aumentou as desigualdades econômicas, de raça e de gênero”, assinalou a Oxfam. “Nosso injusto sistema econômico está permitindo que os super-ricos acumulem imensas fortunas enquanto dificulta a vida de bilhões de pessoas”.

Outros dados são ainda mais chocantes: os 10 homens (brancos) mais ricos do mundo acumularam cerca de meio trilhão de dólares desde o começo da pandemia, um valor mais do que suficiente para pagar a vacina de todas as pessoas contra a COVID-19. Enquanto isso, nove de cada 10 habitantes de países pobres ficarão sem vacina em 2021; ao mesmo tempo, os países mais ricos compraram uma quantidade de vacinas suficiente para imunizar suas populações inteiras por três vezes. Não foi à toa que o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou que o mundo está à beira de uma “falência moral catastrófica” na distribuição das vacinas, com países africanos, centro-americanos e asiáticos muito atrás na fila da vacinação global.

O relatório da Oxfam foi repercutido por Agência Brasil, Al-Jazeera, Estadão, G1, Guardian, Independent, O Globo e Valor, entre outros.

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