Muitas corporações estão se comprometendo a zerar suas contas de carbono e anunciam planos para plantar milhões de árvores. Afinal, árvores crescendo removem CO2 da atmosfera e fixam esse carbono em troncos, folhas, raízes etc. Um trabalho que acaba de sair na Global Change Biology tem a intenção de mostrar como fazer isso direito. Plantações comerciais de madeira removem um tanto de carbono, mas não ajudam em nada a preservar a biodiversidade. Mas mesmo diante da emergência climática, esse carbono removido serve para “compensar” a emissão de outro queimando algum combustível fóssil. A ideia de compensar dá uma soma zero, quando a ciência mostra que é imperioso se reduzir a concentração dos gases de efeito estufa na atmosfera e não se contentar em se aumentar menos ou até a mantê-la como está. Isso nos levaria para um mundo 4°C mais quente. Os pesquisadores reforçam o coro dos que dizem que a destruição da biodiversidade é menos visível, mas tão crítica quanto a mudança do clima. A espécie humana viveu, até há pouco, em um paraíso climático e num mundo biodiverso que a ajudou a se proliferar. O site da phys.org publicou um comentário sobre o trabalho.
ClimaInfo, 5 de fevereiro de 2021.
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