Camada de ozônio: estudo aponta para queda nas emissões de CFC-11

camada de ozônio

Um estudo publicado ontem (10/2) na revista Nature mostrou que, pela primeira vez desde 2012, as emissões globais do gás tricloromonofluormetano (CFC-11 ou freon-11) caíram em 2019, graças aos esforços recentes da China para proibir seu consumo no país. O CFC-11 é um gás com grande capacidade de destruir a camada de ozônio e um potencial de aquecimento global 4,7 mil vezes maior do que o dióxido de carbono. Ele é tradicionalmente usado para a produção de espumas para isolamento na construção civil. Como o CFC-11 sobrevive na atmosfera por cerca de 50 anos, se as fontes forem completamente eliminadas, sua concentração deverá cair cerca de 2% ao ano. No entanto, a taxa real é mais lenta, devido às emissões contínuas desse produto por sistemas de refrigeração antigos e de espuma isolante usadas e descartadas.

Sob o Protocolo de Montreal, que regula e proíbe o uso de gases que ameaçam a camada de ozônio, o uso de gases da família dos CFCs está proibido globalmente desde 2010. Entre 2002 e 2012, as emissões de CFC-11 caíram cerca de 0,85% ao ano, mas essa taxa diminuiu pela metade (0,4%) a partir de 2013, impulsionada pelo uso ilegal da substância em países como China e Índia. Segundo o estudo, no final de 2019, as concentrações de CFC-11 estavam caindo cerca de 1% ano, o ritmo mais rápido já registrado.

Os dados do estudo foram repercutidos por BBC, Bloomberg, Climate Home, Earther, Independent e New Scientist.

 

ClimaInfo, 11 de fevereiro de 2021.

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