Política ambiental de Trump contribuiu para a morte de centenas de milhares de pessoas, sugere estudo

11 de fevereiro de 2021

Uma análise publicada pela revista Lancet nesta 5ª feira (11/2) concluiu que a desregulamentação ambiental massiva empreendida pela gestão de Donald Trump nos EUA nos últimos quatro anos contribuiu para centenas de milhares de mortes nesse período. Segundo os autores, a reversão de uma série de regras relativas à qualidade do ar e à segurança sanitária causou 22 mil mortes em excesso somente em 2019. Eles também descobriram que 40% das mortes por COVID-19 no país em 2020 teriam sido evitadas se o ex-presidente norte-americano não tivesse politizado a pandemia e desconsiderado as recomendações técnicas de médicos e cientistas.

Durante seu governo, Trump flexibilizou os limites de poluentes regulados sob a Lei do Ar Limpo, aprovada durante a gestão de Richard Nixon nos anos 1970 e utilizada por Barack Obama para reduzir as emissões de carbono no setor energético. Essa decisão livrou as usinas termelétricas operadas a carvão que controlassem suas emissões de partículas finas, resultando em um aumento na concentração desse poluente, o que reverteu décadas de quedas sucessivas. A poluição por partículas finas está associada a diversos tipos de doenças letais, como asma, doenças cardiorrespiratórias, câncer de pulmão e diabetes. A Bloomberg deu mais detalhes.

Em tempo: Joe Biden e Xi Jinping realizaram nesta 5ª feira (11/2) o 1º telefonema oficial entre presidentes dos dois países desde a posse do norte-americano, no mês passado. Segundo a Casa Branca, a conversa tratou de diversos assuntos – muitos deles problemáticos para os dois lados, como as tensões comerciais da era Trump, a situação de Hong Kong e a militarização do Mar da China. Por outro lado, os presidentes também conversaram sobre a questão climática, vista como um campo de cooperação potencial entre os dois países. A retomada da colaboração sino-americana para o clima é uma das grandes esperanças da diplomacia climática internacional em 2021: caso Washington e Pequim retomem a parceria de meados da década passada, esse movimento pode impulsionar novos compromissos climáticos por parte dos países antes da Conferência de Glasgow (COP26). Associated Press, Economist, NY Times e Wall Street Journal abordaram a conversa entre Biden e Xi.

 

ClimaInfo, 12 de fevereiro de 2021.

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