Derramamento de óleo fecha praias e causa polêmica em Israel

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Autoridades de Israel estão tentando identificar a fonte de um vazamento de óleo na porção oriental do Mar Mediterrâneo. Nos últimos dias, manchas de óleo atingiram praias na costa israelense e no Líbano, provocando o fechamento dessas áreas para banhistas e acionando uma força-tarefa para limpeza. Não há informações claras sobre o volume de óleo derramado, mas estima-se que ao menos mil toneladas de alcatrão tenham se espalhado pelo mar. De toda maneira, como destacou o Guardian, ambientalistas e especialistas já calculam que o vazamento pode desencadear uma catástrofe ambiental que custará décadas para ser recuperada.

Segundo a ministra israelense do meio ambiente, Gila Gamliel, o governo está investigando o caso, usando imagens de satélites e modelos de ondas para restringir o ponto de origem do vazamento. No entanto, causou polêmica na imprensa do país a decisão da Justiça de impor sigilo às investigações do derramamento, que impedia a divulgação de informações sobre o caso pelos veículos de comunicação. Depois da controvérsia, a decisão judicial foi parcialmente revertida por uma corte em Haifa.

CNN e Reuters deram mais detalhes sobre a situação no Mediterrâneo.

Em tempo 1: Há mais de seis meses, o navio cargueiro MV Wakashio encalhou em um recife de corais na costa das Ilhas Maurício, derramando cerca de mil toneladas de óleo pesado em uma área marinha até então intocada. O episódio causou um dos piores desastres ecológicos já ocorridos na porção oeste do Oceano Índico e levanta sérias preocupações sobre a segurança das embarcações que transportam óleo combustível mundo afora. O Climate Home ouviu especialistas em transporte marinho sobre as lições desse desastre e sobre a possibilidade de outro derramamento desse tipo acontecer no futuro, especialmente se as transportadoras marinhas insistirem em fugir de suas responsabilidades.

Em tempo 2: Mais de um ano depois do desastre do óleo nas praias do Nordeste, ainda não sabemos quem foi o responsável pelo derramamento. E, ao que parece, o governo federal não está mais tão interessado em descobri-lo.

 

ClimaInfo, 24 de fevereiro de 2021.

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