As águas antárticas aquecidas estão acelerando o derretimento dos bancos de gelo flutuantes que ficam no final das grandes geleiras. Estes bancos funcionam como rolhas que seguram o escorregamento das geleiras. Com rolhas menores, as geleiras estão se movimentando mais rapidamente. O resultado ainda é quase imperceptível, mas se traduz em uma aceleração do aumento do nível do mar, o que realimenta o processo todo.
Havia dúvidas quanto à causa das geleiras estarem se movendo mais rapidamente. Hipóteses diferentes falavam de um menor acúmulo de neve ou de outros processos atmosféricos. Um trabalho que acaba de sair na Nature concluiu que é mesmo por conta da mudança do clima. O Gizmodo comentou o paper.
Ainda na Antártica, uma equipe britânica acompanhou o desprendimento de mais um pedaço do banco de gelo de Brunt, uma placa de mais de 1.200 km2, maior do que o município do Rio de Janeiro. Os cientistas acompanharam o aumento e o encontro de duas fendas, mas foram taxativos em dizer que, ao contrário de outros icebergs recentes, esse descolamento não pode ser atribuído à mudança climática, mas, sim, a processos normais no continente. A notícia saiu na CNN Brasil, DW e na BBC.
ClimaInfo, 1º de março de 2021.021.
Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.
