As baterias elétricas já são realidade

baterias elétricas

Pouco tempo atrás, a expansão dos parques de baterias para complementar a falta de sol e de vento era medida em kW; hoje, os parques de baterias de centenas de MW (1.000 vezes maior) se espalham pelo mundo. Uma matéria da BBC indica que só na Califórnia, até o final do ano, haverá uma capacidade de mais de 1 GW. Até 2025 serão 7,5 GW nos EUA. Com isso, o custo da bateria vem caindo em velocidades parecidas com as vistas para as eólicas e fotovoltaicas.

O parque de baterias é dominado pelas do tipo íon-lítio e causa preocupação porque um dos seus componentes importantes é o cobalto, cujo principal produtor é a República Democrática do Congo, onde o emprego de mão de obra infantil é comum. Por isso, é esperançosa a notícia de que se está dominando o uso de íons de sódio no lugar do lítio. O impeditivo era que a eletroquímica deste tipo de bateria era mais instável, limitando bastante a quantidade de recargas que a bateria suportava. Saiu um trabalho na Nature mostrando que um novo componente, um eletrólito à base de sódio e elementos da família das terras raras, estabiliza a bateria a ponto de permitir mais de 1.000 recargas (3 anos recarregando uma vez ao dia) com eficiência de quase 90%. O sódio é ainda mais comum do que o lítio e, desta vez, parece não haver trabalho infantil ou outros impactos socioambientais sérios associado à sua fabricação. Saiu uma matéria na Exame a respeito do trabalho.

 

ClimaInfo, 3 de março de 2021.

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