Intensificação da pandemia reforça ofensiva bolsonarista contra meio ambiente e Direitos Humanos

7 de março de 2021

A nova escalada da pandemia no Brasil não sensibilizou o governo Bolsonaro, que segue focado naquilo que tem sido uma das marcas mais tristes e lamentáveis de sua gestão: o desmonte ambiental e os ataques aos Direitos Humanos e às liberdades civis. No El País, Gil Alesi lembra a nomeação da advogada Helen de Freitas Cavalcante, quem fez carreira defendendo infratores ambientais, para a superintendência do Ibama no Acre, como o exemplo mais recente da “boiada” de Ricardo Salles.

Liszt Vieira não economizou palavras n’O Globo ao questionar o descaso do governo federal com o avanço da pandemia e a degradação ambiental no Brasil. “Bolsonaro cumpre sua promessa: Vim para destruir, não para construir”. Já Fernando Abrucio elenca no Valor os desafios – entre eles, a questão ambiental – que o Brasil enfrentará nos próximos anos com um governo que afasta o país cada vez mais da agenda do século XXI. “A crise da COVID-19 revelou claramente que o governo Bolsonaro é adepto de um populismo imediatista, pouco preocupado em construir políticas públicas consistentes e bem estruturadas”, escreveu Abrucio, “seja porque seleciona basicamente gestores incompetentes, que estão lá porque têm juízo de obedecer, seja porque o bolsonarismo não tem nem um diagnóstico nem um plano para transformar o Brasil”.

A condução desastrosa da pandemia reforça ainda mais a imagem negativa no Brasil no exterior, consolidando seu status como “pária” global. Vivian Oswald destacou n’O Globo a repercussão negativa da situação brasileira no mundo e como isso pode piorar as condições políticas, econômicas e estratégicas para o país em suas relações internacionais. Na mesma linha, Jamil Chade ressaltou no UOL que o Brasil não está se tornando apenas um pária, mas também uma ameaça global. “Hoje somos uma das ameaças e o novo epicentro da crise global. Em 24 horas, 30% dos novos contaminados no planeta pela COVID-19 estavam no Brasil. Na última semana, representamos 12% de todos os mortos. E o pior: não há controle e nem estratégia para sair de um velório que parece não ter fim.”

 

ClimaInfo, 8 de março de 2021.

Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.

x (x)
x (x)

Continue lendo

Assine nossa newsletter

Fique por dentro dos muitos assuntos relacionados às mudanças climáticas

Em foco

Aprenda mais sobre

Glossário

Este Glossário Climático foi elaborado para “traduzir” os principais jargões, siglas e termos científicos envolvendo a ciência climática e as questões correlacionadas com as mudanças do clima. O PDF está disponível para download aqui,
1 Aulas — 1h Total
Iniciar