A corrida do ouro no coração da Amazônia

9 de março de 2021

A pandemia causou um verdadeiro boom nos preços internacionais do ouro por conta do crescente interesse de investidores em ativos mais seguros. No Brasil, onde a cotação se beneficia da desvalorização brutal do real com relação ao dólar, e em outros países amazônicos, isso se refletiu na intensificação do garimpo. Essa atividade transcorre na maior parte das vezes sem qualquer legalidade e prejudicando não apenas o meio ambiente, mas também a saúde de indígenas e comunidades tradicionais da floresta. Gustavo Basso visitou algumas dessas áreas e escreveu na Deutsche Welle sobre o acirramento dos conflitos fundiários precipitados pelo garimpo na Amazônia.

A região de Jacareacanga (PA), tida como a capital brasileira do ouro, é um retrato fiel da situação em diversas regiões da Amazônia. A queda na fiscalização e o discurso e prática lenientes do governo federal causaram uma explosão da atividade mineradora nessa área, principalmente dentro das Terras Indígenas Munduruku e Sai-Cinza. Até mesmo grupos indígenas se dividiram em relação ao tema. A Associação Indígena Pusuru, principal entidade representativa dos Mundurukus, está no centro da disputa: no final do ano passado, Francinildo Kabá Munduruku foi eleito para a presidência da associação, mas grupos contrários afirmam que sua vitória teve o envolvimento de empresários e políticos envolvidos com o garimpo ilegal.

 

ClimaInfo, 10 de março de 2021.

Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.

x (x)

Continue lendo

Assine nossa newsletter

Fique por dentro dos muitos assuntos relacionados às mudanças climáticas

Em foco

Aprenda mais sobre

Glossário

Este Glossário Climático foi elaborado para “traduzir” os principais jargões, siglas e termos científicos envolvendo a ciência climática e as questões correlacionadas com as mudanças do clima. O PDF está disponível para download aqui,
1 Aulas — 1h Total
Iniciar