O Japão se prepara para apresentar uma nova versão de sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) para o Acordo de Paris com um aumento em sua meta de redução de emissões para 2030. Segundo a agência de notícias Kyodo, o governo do premiê Yoshihide Suga pretende elevar esse objetivo de 26% para 40% até o final desta década com relação aos níveis de 2013. O anúncio deve ser feito nas próximas semanas, antes da cúpula climática convocada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, nos dias 22 e 23 deste mês.
O Climate Home destacou a reação de ambientalistas japoneses, que cobram uma meta mais ambiciosa, entre 45% e 60% de redução de emissões. A matéria comentou também sobre a peculiaridade da linha de referência temporal a ser adotada pelo governo japonês: diferentemente de outros países, que usam 1990 ou 2005 como datas de referência para estabelecer suas metas de mitigação, o Japão pode optar por 2013. Isso não seria acidental: afinal, esse foi o ano em que houve um pico de emissões no país, após o fechamento de quase todas as usinas nucleares do país na esteira do desastre de Fukushima em 2011. Outro ponto é a dependência do carvão para geração elétrica: mesmo sob cobranças internacionais, o governo do país ainda não se comprometeu com uma data para o abandono da queima desse combustível fóssil, apesar da promessa de atingir a neutralidade do carbono em 2050. A Reuters também repercutiu essa notícia.
Em tempo: Falando em NDC, a Bloomberg informou que o governo dos EUA está considerando dobrar a meta de redução de emissão proposta pela gestão Obama na primeira versão do documento, em 2015. Pela proposta, o país se comprometeria a reduzir suas emissões em 50% ou mais até 2030 com relação aos níveis de 2005. A expectativa é de que esse número seja apresentado por Joe Biden durante a cúpula climática convocada por ele para o final deste mês.
ClimaInfo, 9 de abril de 2021.
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