A União Europeia está discutindo uma nova política para impulsionar a eletrificação de sua frota automotiva com o objetivo de viabilizar metas mais ambiciosas de redução de emissões e impulsionar setores tecnológicos mais limpos na esteira do plano de retomada econômica pós-pandemia.
De acordo com a Reuters, um dos alvos pode ser os modelos híbridos (bateria elétrica e motor de combustão): segundo a proposta, as montadoras não poderiam mais rotulá-los como “produtos sustentáveis” depois de 2025, já que eles passariam a ser vistos como uma “tecnologia de transição”. Com isso, os híbridos perderiam benefícios e, na prática, se tornariam incapazes de concorrer com modelos 100% elétricos.
A notícia não agrada as montadoras: muitas empresas planejam seguir vendendo híbridos até, ao menos, o final desta década na Europa e enxergam esse modelo como uma opção mais barata para consumidores com menor poder aquisitivo.
Enquanto isso, a Fitch apresentou projeções para o mercado de carros elétricos nas próximas décadas. De acordo com a agência de classificação de risco, a participação dos elétricos na frota global deve atingir 45% até 2040, com uma taxa anual de “aposentadoria” dos carros com motores à combustão de 7% nos próximos 20 anos. China e Europa despontam como os mercados mais avançados, beneficiados por novos subsídios e incentivos governamentais para a compra de veículos eletrificados. A South China Morning Post deu mais detalhes.
Em tempo: As empresas produtoras de veículos elétricos estão se desdobrando para garantir estoques de metais e minérios escassos. O operador internacional de bolsas de valores CME anunciou que pretende lançar um novo tipo de contrato futuro para o lítio em mercados na China, Coreia do Sul e Japão. O instrumento será inicialmente oferecido a fabricantes de automóveis, de baterias e outras empresas para garantir os preços das entregas futuras de lítio. Posteriormente, os investidores podem negociar os futuros para apostar na direção dos preços do lítio. O Wall Street Journal deu mais detalhes.
ClimaInfo, 13 de abril de 2021.
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