Biden se prepara para reentrada dos EUA na arena global da diplomacia climática

EUA diplomacia climática

Depois de quatro anos, os EUA farão sua reestreia nas negociações climáticas internacionais na próxima 5ª feira (22/4), quando Joe Biden abrirá uma cúpula global para discutir caminhos para aumentar a ambição dos compromissos climáticos sob o Acordo de Paris. Nos últimos dias, o enviado especial da Casa Branca para o clima, John Kerry, visitou países estratégicos para a retomada das negociações, em especial Índia e China, além de fazer conversas paralelas com outros países, como Rússia, Japão, Austrália e Brasil.

A principal dificuldade está no diálogo com os chineses: diferentemente de 2015, quando os dois países protagonizaram a articulação decisiva que resultou na aprovação do Acordo de Paris, as tensões entre Washington e Pequim aumentaram nos últimos anos e representam um obstáculo significativo para uma nova rodada de cooperação diplomática. NY Times e Time explicaram os desafios dos EUA nas conversas climáticas com a China. Já a Bloomberg destacou os problemas enfrentados por Kerry para garantir o engajamento de mais países com uma agenda climática mais ambiciosa.

Por outro lado, Biden também deve aproveitar a cúpula da próxima semana para anunciar a nova meta climática dos EUA para o Acordo de Paris. Como a Reuters pontuou, ambientalistas e lideranças políticas norte-americanas esperam por um compromisso de redução de emissões de, ao menos, 50% até 2030 com relação a 2005. Na primeira NDC dos EUA, definida na gestão Obama em 2015, o país tinha se comprometido a reduzir entre 26% e 28% de suas emissões até 2025. O Globo também repercutiu essa expectativa.

 

ClimaInfo, 16 de abril de 2021.

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