Banco Mundial: precificação de carbono movimentou US$ 53 bilhões em 2020

Banco Mundial precificação de carbono

Já se sabia que a pandemia não tinha reduzido as emissões globais, mas esperava-se que os setores mais emissores estariam entre os mais afetados. Segundo a nova edição do relatório anual do Banco Mundial, State and Trends of Carbon Pricing (Estado e Tendências da Precificação de Carbono), não foi isso que aconteceu. 2020 começou com 53 esquemas de precificação que cobriam pouco mais do que 15% das emissões globais. Agora, são 64 esquemas de precificação de emissões, impostos e mercados tipo cap-and-trade, que movimentaram US$ 53 bilhões no ano passado, um aumento de quase 18% quando comparado com 2019. O crescimento de mais de 20% no número de esquemas ocorreu basicamente porque a China lançou o seu cap-and-trade no começo do ano controlando cerca de 4 bilhões de tCO2e que é o maior mercado de carbono do mundo. Em 2019, uma comissão de alto nível indicou que, para ter um papel decisivo em limitar o aquecimento global abaixo de 2°C, o preço da tonelada de emissões teria que ficar acima de US$40. O relatório do Banco levantou que apenas 5% dos preços praticados em todos os mercados ficaram acima deste valor. A principal fonte dos recursos transacionados ainda é o mercado europeu, onde os preços passaram a marca dos US$60 (€50) há poucas semanas. Na Suécia, que não faz parte do mercado de carbono europeu, o preço está perto de US$140 por tCO2e. Vale ver o release do relatório e uma matéria da Reuters a respeito.

 

ClimaInfo, 26 de maio de 2021.

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