A concentração média de CO2 na atmosfera durante o mês de maio passou de 419 ppm, 50% acima de quando começou a Revolução Industrial. Também impressiona a taxa com a qual a concentração vem aumentando. Hoje, essa taxa bateu em 2,4 ppm/ano. Cientistas da NOAA (a Administração Oceânica e Atmosférica americana) acrescentaram que essa taxa está aumentando cada vez mais. Maio é um mês importante porque, na quase totalidade dos anos, é quando a concentração atinge um pico anual. No restante do ano, com a vegetação no hemisfério Norte brotando, crescendo e sugando CO2 da atmosfera, a concentração tende a cair um pouco. A AP e a Bloomberg comentaram o anúncio.
A pandemia, no ano passado, derrubou a atividade do setor de transportes em cerca de 7%, com a aviação sentindo mais fortemente este impacto. Assim, as emissões da aviação internacional despencaram. Um trabalho na Environmental Research Letters mostrou que a ausência dos aviões contribuiu para evitar que a atmosfera esquentasse ainda mais. Aviões produzem os típicos rastros de condensação. Estes rastros frequentemente viram nuvens cirrus na alta atmosfera que absorvem o calor refletido pela superfície da terra e oceanos. Menos aviões, menos cirrus, menos absorção de calor, menos aquecimento global. Nos primeiros meses da pandemia, nos céus das regiões temperadas do Norte, formaram-se 9% menos nuvens que eram 2% menos densas. A Science Daily publicou um resumo.
ClimaInfo, 8 de junho de 2021.
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