Queimadas no Pantanal: um ano depois, as marcas do fogo persistem na vegetação, em animais e comunidades

queimadas no Pantanal 1 ano

Passado um ano desde o começo dos incêndios monstruosos que consumiram boa parte do bioma, a situação está longe da normalidade. Pior: com a atual estiagem, teme-se que o fogo volte a confrontar a vida pantaneira nos próximos meses, causando ainda mais destruição.

Para O Globo, Adriana Mendes visitou a região de Porto Jofre, na divisa entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e conversou com pantaneiros sobre a recuperação do bioma e as dificuldades ainda enfrentadas pelas comunidades. Enquanto a vegetação retoma a paisagem e os animais voltam a dar as caras, a vida nos rios do Pantanal ainda sofre com os efeitos das queimadas, somados à seca recente que reduziu os níveis da água a patamares preocupantes. A pesca, atividade importante na região, segue prejudicada. Para as estâncias turísticas, a situação é crítica: ainda sem turistas por causa da pandemia, o prejuízo se acumula mês após mês.

Na Folha, Jéssica Maes e Natália Silva destacaram no podcast Café da Manhã como os moradores de Ladário e Corumbá (MS) estão se preparando para prevenir e combater os incêndios nos próximos meses.

Além da seca, a falta de medidas de prevenção por parte do poder público é um fator que traz mais preocupação. Também na Folha, João Mazini (Comitiva Esperança) lembrou que especialistas e organizações ambientalistas apresentaram aos governos estaduais e federal inúmeras propostas para que sejam evitadas situações desastrosas como a do ano passado. “Mesmo assim, não há até o momento nenhum planejamento integrado de ações por parte do governo federal (…) Infelizmente, mais uma vez estão dadas as condições para que as cenas tão dolorosas que ganharam o mundo nas lentes de Lalo de Almeida [fotojornalista da Folha] voltem a se repetir nos próximos meses”.

 

ClimaInfo, 15 de junho de 2021.

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