Desmatamento na Amazônia atinge recorde histórico em maio; é o terceiro recorde consecutivo

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O Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD), do Imazon, confirmou a devastação da Amazônia no mês de maio: 1.125 km2 de vegetação foram perdidos, um aumento de 70% na comparação com o mesmo mês em 2020 (660 km2). Esse também é o maior saldo da série histórica para maio dos últimos 10 anos, sendo que o mês passado foi o 3º mês seguido em que os índices de desmatamento na Amazônia bateram o recorde histórico.

Mais da metade das áreas desmatadas em maio se concentra nos estados de Pará e Amazonas, que, juntos, perderam 688 km2 de floresta (60% do total). Os dois estados também reúnem a maior parte dos municípios no top 10 do desmatamento: Altamira, São Félix do Xingu, Novo Progresso e Itaituba, no Pará; e Lábrea, Apuí e Novo Aripuanã, no Amazonas. Em termos de tipo de área, 66% do desmatamento aconteceu em propriedades privadas ou sob diversos estágios de posse; 17% em Assentamentos; 15% em Unidades de Conservação; e 2% em Terras Indígenas.

A área de floresta degradada também aumentou em maio: o SAD registrou 39 km2 no mês passado, o que representa um aumento de 144% em relação ao mesmo mês em 2020 (16 km2). A degradação detectada em maio deste ano aconteceu no Mato Grosso (85%) e no Pará (15%).

Correio Braziliense, CNN Brasil, G1, Globo Rural e Veja repercutiram os dados do Imazon.

Em tempo: Enquanto isso, o Estadão mostrou dados do sistema DETER/INPE que apontaram para um salto de 312% no desmatamento detectado em Unidades Federais de Conservação (UCs) em maio passado. Nessas áreas, 11.296 mil hectares de vegetação foram suprimidos, número bem superior ao registrado no mesmo mês no ano passado, quando 2.741 hectares foram perdidos. Entre agosto de 2020 e maio deste ano, as UCs somam 33.820 hectares desmatados, volume 40% superior ao verificado entre os mesmos meses de 2019 e 2020.

 

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ClimaInfo, 17 de junho de 2021.

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