Em 2009, o petróleo representava 80% da energia global, enquanto as renováveis mal chegavam a 9%. Em 2019, o mundo consome quase 30% mais energia, as renováveis agora ocupam mais de 11% da matriz, mas o petróleo segue representando os mesmos 80%. Esse é um dos principais pontos do relatório da REN21 deste ano publicado nesta semana.
Apesar das juras públicas de promoção das fontes limpas, o que se viu no ano passado foram governos direcionando 6 vezes mais recursos para os fósseis em nome da recuperação econômica. Vale ver os outros três destaques dados pela organização. A Reuters comentou o trabalho.
Com o preço do barril voltando a bater a marca dos US$ 70, segundo a Foreign Policy, o ministro da energia da Arábia, príncipe Abdulaziz bin Salman, disse no começo do mês que a onda de net-zero é “uma continuação [do filme] La la land”, emendou perguntando “por que eu levaria isso à sério?”
Em tempo: A pressão sobre governos e agentes do mundo financeiro pelo desinvestimento nos fósseis como o petróleo incomodou o governador do Texas, o principal produtor de petróleo e gás dos EUA. Ele acaba de baixar uma lei proibindo investimentos do estado em empresas que tenham rompido ou desinvestido na indústria fóssil. Segundo a Bloomberg, o recado do governador Greg Abbott é simples: boicotem o Texas que nós boicotamos você. O IEEFA comentou a notícia.
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ClimaInfo, 17 de junho de 2021.
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