O anúncio é pomposo, mas enganoso. A Volkswagen confirmou nesta 2ª feira (12/7) que pretende transformar o Brasil em um centro de pesquisa, desenvolvimento e produção de motores flex (que funcionam com biocombustíveis ou gasolina) para veículos híbridos. O objetivo da montadora alemã é aproveitar o know-how brasileiro para exportar essa tecnologia para outros países da América Latina, África e Ásia.
A proposta pode ser vista por duas perspectivas. A mais otimista celebra o potencial do mercado automobilístico brasileiro na tecnologia flex em um momento no qual a indústria nacional sofre com a perda de competitividade. A mais pessimista, por outro lado, lamenta que, com esse foco, o Brasil fique de fora do boom da eletrificação do transporte automotivo, condenado a uma tecnologia datada e pouco atraente para mercados mais ricos, como EUA e Europa.
De toda maneira, a estratégia da VW demonstra como os países emergentes e mais pobres estão muito atrás na corrida pelos veículos elétricos, o que pode ser visto como mais um exemplo da desigualdade de condições entre ricos e pobres para a transição energética verde.
AutoEsporte, Estadão e Valor repercutiram o anúncio.
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ClimaInfo, 13 de julho de 2021.
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