Sem liderança política do Reino Unido, aumenta a incerteza sobre as negociações para a COP26

Reino Unido negociações climáticas

A divulgação do novo relatório do IPCC aumentou a pressão sobre o governo de Boris Johnson, do Reino Unido, para que intensifique os esforços diplomáticos para garantir o sucesso das negociações na próxima Conferência da ONU sobre o Clima (COP26), que acontece em Glasgow em novembro. Johnson vem sendo alvo de críticas crescentes dentro e fora do Reino Unido por conta de seu distanciamento em relação às negociações internacionais. Esse trabalho tem sido feito pelo futuro presidente da COP, Alok Sharma, tido como alguém esforçado, mas sem força política para conduzir sozinho o trabalho diplomático. Guardian e Independent destacaram a frustração de ativistas e lideranças políticas britânicas com a omissão de Johnson.

Falando em COP, o Climate Home deu detalhes sobre o planejamento do Reino Unido para receber os participantes do encontro na Escócia. De acordo com a reportagem, aqueles que vierem de países da “lista vermelha” terão que fazer uma quarentena de cinco dias em um hotel antes de circular em Glasgow. Hoje, a lista de países em situação pandêmica tida como preocupante pelas autoridades britânicas soma 57 nações, entre elas o Brasil.

Não há detalhes sobre os custos da quarentena: em média, esse valor tem sido de 2,2 mil libras esterlinas por pessoa (incríveis R$ 16,5 mil na cotação de ontem). Por outro lado, o Reino Unido aceitará a entrada de vacinados com qualquer imunizante, e não apenas aqueles aprovados oficialmente no país.

Enquanto isso, a ativista Greta Thunberg voltou atrás e disse que pretende participar da Conferência de Glasgow. Na esteira da divulgação do novo relatório do IPCC, Greta defendeu uma mobilização “massiva” para pressionar os negociadores por mais ambição nos compromissos nacionais sob o Acordo de Paris. A Reuters deu mais informações.

 

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ClimaInfo, 10 de agosto de 2021.

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