Os caminhos do ouro ilegal na Amazônia

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O Fantástico (TV Globo) mostrou um esquema milionário de contrabando de ouro originário de garimpo ilegal na Amazônia brasileira. A quadrilha, formada por garimpeiros e empresários do setor, contava com a ajuda de policiais federais que facilitavam a saída da mercadoria do Brasil. De acordo com investigadores, o ouro ilegal era processado em uma empresa na cidade de São José do Rio Preto (SP) antes de ser embarcado no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Ao menos uma tonelada de ouro teria sido exportada ilegalmente em um período de dois anos, o equivalente a R$ 60 milhões.

O Instituto Escolhas publicou, no começo do mês, um estudo mostrando o tamanho da ilegalidade nas exportações de ouro no Brasil: 17% de todo o metal vendido pelo país para o exterior no ano passado (cerca de 19,1 toneladas) tiveram origem ilegal. Para driblar a fiscalização, essas exportações de ouro irregular ocorreram em estados como Minas Gerais e São Paulo, que não são grandes centros de extração desse metal no país. O ouro de origem suspeita foi vendido para mercados na América do Norte, na Europa e na Ásia. A IstoÉ repercutiu esses dados.

Em tempo: A Pública destacou as conexões entre o tráfico de drogas e exploração e venda de madeira de origem ilegal na Amazônia. Estudos e investigações policiais mostram que os criminosos estão usando produtos florestais (em especial, madeira) para maquiar o envio de drogas como cocaína para o exterior. Um levantamento mostrou que, entre 2017 e 2021, a Polícia Federal realizou ao menos 16 grandes apreensões de cocaína em carga de madeira para exportação via marítima. O destino dessas cargas eram países na Europa.

 

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ClimaInfo, 17 de agosto de 2021.

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