Desastres climáticos no Brasil mataram 1.734 pessoas e custaram mais de R$ 200 bilhões em 10 anos

16 de agosto de 2021

O INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) compilou os impactos causados por 5 classes de eventos climáticos entre 2010 e 2019. Foram classificados quase 30 mil eventos que causaram a morte de 1.734 pessoas, deixaram cerca de 50 mil feridos e mais de 3 milhões de desabrigados. No total, 211 milhões de pessoas foram afetadas de um modo ou de outro. Os danos e prejuízos causados por estes eventos somaram mais de R$200 bilhões. A classe de estiagens e secas tiveram quase 19 mil ocorrências, afetando a vida de 160 milhões de pessoas. As outras categorias são granizo; estiagens e secas; ondas de calor e baixa umidade, ondas de frio; e vendavais e ciclones e tornados.

Rafael Wallendorf resumiu o trabalho para o Valor e ouviu o diretor do Inmet, Miguel Ivan de Oliveira, comentar que os efeitos têm aumentado em proporção. Apesar disso, não houve a tentativa de se atribuir o impacto do aquecimento global sobre esses números.

Em tempo: Na Scientific American, o cientista Drew Shindell propõe batizar os eventos extremos com o nome das petroleiras e outras corporações causadoras do aquecimento global. Teríamos o furacão Exxon e, quem sabe, a crise hídrica Petrobras.

 

Errata publicada em 20/08/21 – título corrigido

Na edição do dia 17, na nota sobre o relatório do INMET sobre os desastres climáticos na última década, cometemos deslizes. Enquanto no título falamos em um custo de R$300 bilhões, no corpo, cravamos R$200 bilhões. O primeiro valor aparece na introdução do relatório, mas, fazendo a soma dos prejuízos e danos de cada categoria, chega-se a R$201.509.542.012. Falha nossa em não corrigir o título. Aliás, a matéria do Valor cita apenas os prejuízos (R$169 bilhões). Também esquecemos de listar a categoria dos “alagamentos, enxurradas, inundações, chuvas intensas” e que foi a responsável pelo maior número de óbitos e de feridos no período. Queremos pedir desculpas e agradecer ao Cláudio Maretti pelo puxão de orelha.

Leia mais sobre eventos climáticos extremos e crise climática no ClimaInfo aqui.

 

ClimaInfo, 17 de agosto de 2021.

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