Estudo alerta que hidrogênio azul pode ser mais poluente do que o carvão

hidrogênio azul

O hidrogênio virou o novo queridinho do setor de energia, uma esperança de combustível alternativo ao petróleo e ao carvão para abastecer atividades econômicas intensivas em energia (como transporte de carga e siderurgia). Uma das variantes desse combustível mais defendidas pela indústria fóssil é o chamado “hidrogênio azul”, produzido a partir da queima de gás natural, com captura e armazenamento do dióxido de carbono decorrente dessa operação. Para as empresas do setor, seria um combustível de transição até que o hidrogênio verde, feito a partir de energia renovável, possa se tornar economicamente mais interessante. Mas um estudo de cientistas da Universidade de Cornell (EUA) mostrou que o processo de produção do hidrogênio azul pode liberar uma grande quantidade de metano. Junto com o CO2 que escapa de qualquer maneira dessa operação, o balanço dos gases de efeito estufa gerados por esse combustível consegue ser pior que o de combustíveis fósseis super poluentes: 20% a mais do que o do carvão e 60% a mais do que o do diesel.  “Hidrogênio azul é um bom termo de marketing que a indústria de petróleo e gás está empenhada em promover, mas está longe de ser livre de carbono”, argumentou ao Guardian o cientista Robert Howarth, coautor do estudo. Olhar Digital, NY Times e Um Só Planeta repercutiram o estudo.

 

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ClimaInfo, 17 de agosto de 2021.

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