Consumidor pobre ajuda a bancar solar nos tetos dos mais ricos

19 de agosto de 2021

A Câmara aprovou um projeto de lei que prorroga o subsídio de quem instalou um painel solar em seu teto até 2045. O subsídio será pago pelos encargos da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE, ou seja, por todos os consumidores e, para os novos entrantes, será reduzido gradualmente até 2027. Portanto, os consumidores mais pobres, aqueles que não têm como instalar painéis, pagarão para a classe média reduzir sua conta de luz.

A ANEEL estimou que esse subsídio está na faixa de cerca de R$3 bilhões por ano. Clauber Leite, do IDEC, disse que “o resultado é que quem não tem condições de instalar o próprio sistema fotovoltaico ou migrar para o mercado livre terá de arcar com um custo cada vez maior via o encargo”. A CNA (A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e O Globo e o Canal Rural comemoraram a aprovação. Mais um para o avesso do Robin Hood.

Em tempo: O presidente Biden vetou, recentemente, equipamentos da cadeia da geração fotovoltaica que usam componentes de um certo fornecedor chinês, suspeito de violar Direitos Humanos. O problema é que é difícil rastrear a cadeia inteira. Isto está gerando insegurança no mercado americano e abalando a propalada meta de elevar a participação da fonte solar, chegando a 40% até 2035. A notícia é do Valor.

 

Leia mais sobre Relatório do IPCC e crise climática no ClimaInfo aqui.

 

ClimaInfo, 20 de agosto de 2021.

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