Os planos energéticos para o país estão firmemente ancorados na expansão do setor de petróleo e gás. Ontem, em um webinar do Valor e do CEBRI, autoridades e especialistas repetiram o mantra de que o mundo seguirá dependendo de petróleo por décadas. Por exemplo, apontam para os 1 bilhão de pessoas, hoje fora do mercado, que passarão a consumir petróleo. Assim, o país estaria muito bem posicionado para ser um dos principais atores nesse mercado. Vale ver uma matéria do Valor sobre a fala de Thiago Barral, da EPE, outra com a fala de Jorge Camargo, do CEBRI e uma terceira com falas dos dois.
Em outro evento, este da ANP, o MME disse estar estudando a inclusão do pré-sal na chamada oferta permanente. Esta foi criada para manter viva a oferta de blocos de petróleo e gás que não encontraram interessados nos leilões. Os blocos do pré-sal, até ontem, eram a pedra mais preciosa dos sonhos fósseis, supervalorizados nos leilões. Talvez percebendo uma mudança nos ventos fósseis, os blocos do pré-sal se juntarão à xepa do fim de feira. A notícia é do Valor.
O 17º leilão programado para outubro inclui dezenas de blocos no litoral de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, mesmo com críticas severas e ameaças de judicialização. O Click Petróleo e Gás traz a fala de quem defende a exploração, mas também de quem está preocupado com os impactos ambientais e climáticos. Estes lembram que não houve consulta pública, nem estudos aprofundados de segurança e riscos.
As petroleiras estatais têm mais dificuldade em assumir metas críveis de neutralidade climática. Uma matéria da Bloomberg explica que, enquanto as privadas têm que se haver com investidores e acionistas, as estatais sofrem a mão pesada de governos, cuja interferência varia mais do que o clima global tem variado.
Copo cheio: A matriz elétrica brasileira passou a figurar entre os 15 países com maior capacidade fotovoltaica instalada ao ultrapassar a marca de 10 GW, ainda que isso represente pouco mais de 5% do total nacional. A notícia foi comemorada pela Folha, O Globo, Estadão, Correio Braziliense, CNN, Poder 360 e pelo Canal Energia.
ClimaInfo, 25 de agosto de 2021.
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