Crise climática pode forçar migração de mais de 200 milhões de pessoas até 2050, alerta Banco Mundial

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A intensificação da mudança do clima pode levar mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo a deixarem suas casas nos próximos 30 anos, gerando crises humanitárias e migratórias de grande proporção. O alerta é do Banco Mundial, que divulgou ontem (13/9) a 2ª parte de seu relatório Groundswell. O documento inclui projeções e análises de migração climática interna em seis regiões do mundo: África Subsaariana e do Norte; Ásia Central, do Leste/Pacífico e do Sul; América Latina; e Europa Oriental.  O Norte da África pode ter a maior proporção de migrantes climáticos nas próximas décadas, com uma estimativa de cerca de 85 milhões de pessoas afetadas principalmente pela escassez de água. No Sul da Ásia, Bangladesh poderá responder por quase metade do total de migrantes climáticos internos dessa região, com quase 20 milhões de pessoas passíveis desse destino nas próximas décadas.

Por outro lado, uma ação rápida para reduzir emissões pelos países pode minimizar o risco de deslocamento interno causado pelo clima em até 80%. Mas a janela de ação está se fechando rapidamente, o que reforça a urgência global para enfrentar a crise climática de maneira efetiva.

Associated Press, Bloomberg, Forbes e The Hill repercutiram a notícia.

Em tempo: Falando em migrações forçadas pela mudança do clima, outro levantamento mostrou o impacto da intensificação de eventos climáticos extremos em diversos países, incluindo o Brasil. De acordo com o Centro de Monitoramento de Deslocamento Interno (IMDC), quase 360 mil pessoas deixaram suas casas em 2020 no país, sendo que a maioria ficou desabrigada após as tempestades do início do ano passado no Sudeste. Em todo o mundo, o total de pessoas desabrigadas por causa do clima chegou a 30,7 milhões. Elisa Martins deu mais detalhes n’O Globo.

 

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ClimaInfo, 14 de setembro de 2021.

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