Foi necessário uma cobrança formal da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestasse formalmente acerca de duas ações que apontam omissão do governo Bolsonaro no combate ao desmatamento na Amazônia. O Supremo tinha pedido ao chefe da PGR, Augusto Aras, um posicionamento acerca dessa questão ainda em maio, mas até agora isso não tinha acontecido.
Para surpresa de ninguém, a resposta de Aras foi favorável ao presidente Bolsonaro. De acordo com o procurador-geral, “a imposição pelo Judiciário de um modo específico de gerir a questão representaria ingerência indevida na execução das políticas públicas ambientais de competência dos Poderes Executivo e Judiciário”. Aras também disse que o governo adotou “inúmeras medidas para reduzir ao máximo possível o atual cenário”, sem abordar o motivo pelo qual o “atual cenário” se formou – ou seja, o enfraquecimento dos órgãos de fiscalização e a leniência do presidente e de seus aliados políticos com atividades ilegais na Amazônia. Estadão, Poder360 e Valor repercutiram a notícia.
ClimaInfo, 22 de setembro de 2021.
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