Países ricos correm contra o tempo para atingir meta de US$ 100 bilhões anuais para financiamento climático

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A Bloomberg abordou a correria entre diplomatas e lideranças políticas internacionais para conseguir bater a meta de US$ 100 bilhões anuais para o financiamento climático antes da COP26, no mês que vem. Por ora, a conta não está batendo: a lacuna entre promessa e prática é de cerca de US$ 10 bilhões. Assim, negociadores dos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia estão pressionando os governos de outros países ricos, como Noruega, Suécia, Itália e Espanha, em busca de alguns bilhões para completar a equação.

O financiamento climático é um dos principais tópicos na agenda de negociação em Glasgow, com as nações em desenvolvimento frustradas com o fracasso de suas colegas desenvolvidas em oferecer recursos para facilitar a ação climática. Representantes dos países pobres entendem que um eventual fracasso dos países ricos em viabilizar essa meta mais uma vez pode prejudicar o ambiente de negociação na COP26.

Enquanto isso, de acordo com a Reuters, os países africanos estão olhando para a próxima meta global de financiamento climático. Nas contas deles, o volume de recursos anuais pode chegar a US$ 1,3 trilhão até 2030, o que permitiria a implementação dos planos climáticos nacionais. Ainda que essa cifra ainda esteja longe de ser um compromisso, ela já sinaliza a pressão que os países pobres farão nos próximos anos para ampliar significativamente o total de recursos para financiamento climático.

Em tempo: Um levantamento do Fundo Monetário Internacional mostrou o tamanho dos subsídios governamentais à indústria de combustíveis fósseis em todo o mundo. De acordo com a análise, o setor recebe em torno de US$ 11 milhões por minuto em benefícios fiscais, empréstimos a juros mais baixos, entre outros tipos de ajuda. Ao todo, a produção de carvão, petróleo e gás foi beneficiada em US$ 5,9 trilhões no ano passado. O Guardian repercutiu essa informação.

 

ClimaInfo, 7 de outubro de 2021.

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