Por que a Justiça Climática é tão importante?

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Quando lemos sobre os impactos negativos da mudança do clima somos sempre lembrados de uma dura realidade: as pessoas mais pobres e vulneráveis, que menos têm responsabilidade sobre o colapso do clima global, serão aquelas que arcarão com os maiores custos e prejuízos humanos e materiais. Ou seja, quando falamos de crise climática, falamos fundamentalmente de um problema de injustiça climática, que acaba se alimentando de e reforçando outros tipos de injustiça, como a social, a racial e a de gênero.

Essa constatação impõe uma série de exigências ao debate sobre clima, especialmente entre aqueles que realmente desejam impedir os piores impactos e aumentar a resiliência desses grupos sociais mais vulneráveis. É aqui que a “porca torce o rabo”, por assim dizer: enquanto praticamente todos concordam que os mais pobres e vulneráveis não podem arcar com o maior impacto da crise climática, poucos concordam sobre como viabilizar essa ajuda.

O Carbon Brief ouviu cientistas, especialistas em políticas públicas e ativistas de todo o mundo para que eles explicassem como enxergam o conceito de Justiça Climática e a importância dessa pauta no debate sobre clima.

Por exemplo, o ex-negociador filipino Yeb Saño, célebre pela greve de fome que fez durante a COP19 de Varsóvia (2013) por conta dos impactos do tufão Haiyan em seu país, enxerga a crise climática como “a manifestação da injustiça generalizada que nos trouxe desigualdade econômica, opressão, subjugação e exploração”.

 

ClimaInfo, 8 de outubro de 2021.

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