Emergência climática: os impactos que já experimentamos (e os que podemos experimentar) da mudança do clima

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Se tem uma coisa que o novo relatório do IPCC deixou claro e definitivo, de uma vez por todas, é que a crise climática não é mais um evento futuro, do qual podemos escapar. Pelo contrário: a crise já faz parte do nosso cotidiano. As perdas humanas, materiais e ambientais atreladas ao clima instável já são uma realidade dura, especialmente nas comunidades e nos países mais pobres e vulneráveis.

“Estamos conduzindo um experimento sem precedentes com nosso planeta”, disse Katharine Hayhoe, cientista climática da Texas Tech University (EUA), ao Guardian. “A temperatura mudou apenas alguns décimos de grau para nós até agora, mas estamos atingindo um patamar que nunca vimos antes”. O jornal britânico fez um panorama dos eventos extremos que ocorreram mundo afora no último ano, como as ondas de calor e os incêndios florestais na América do Norte e no sul da Europa, as enchentes na Grã-Bretanha e na Europa Ocidental, as tempestades no Japão, China e Índia, e a seca no Brasil e em outros países da América do Sul.

Já a BBC Brasil destacou as projeções de um estudo publicado na Environmental Research Letters sobre as regiões do mundo mais vulneráveis a inundações “sem precedentes” caso as emissões de carbono sigam crescendo. De acordo com o estudo, centenas de áreas costeiras, que abrigam atualmente mais de 1 bilhão de pessoas, podem ser afetadas pelo avanço do nível do mar e pela intensificação da erosão marinha. A matéria mostrou também imagens ilustrativas para os cenários de maior aquecimento em cidades na costa brasileira, como Salvador, Recife, Fortaleza, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

 

ClimaInfo, 15 de outubro de 2021.

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