A “revolução” do carro elétrico na indústria automobilística

carros elétricos

A explosão da demanda por carros elétricos na Europa, nos EUA e na China pode representar um ponto de inflexão histórico para a indústria automobilística, a partir do qual a tecnologia do motor à combustão, presente desde os primeiros modelos de automóvel, dará espaço para uma nova tecnologia, a do motor elétrico.

No Financial Times, Peter Campbell e Joe Miller destacaram a surpresa que as montadoras tiveram com esse movimento – a tal ponto que, por conta da demanda aquecida e da produção ainda baqueada pela pandemia, muitas empresas tiveram que frear a linha de montagem por falta de matéria-prima. O Valor publicou a tradução da matéria.

O setor espera por um crescimento vertiginoso nos próximos anos. Na China, um dos mercados mais aquecidos desse setor, pelo menos ¼ dos novos carros vendidos até 2025 será de veículos elétricos. Já na Alemanha, a expectativa é ainda mais otimista: 40% dos veículos a serem adquiridos no país serão elétricos. Em todo o mundo, a expectativa é de que as vendas de carros elétricos alcancem 10,7 milhões de unidades até 2025 e 28,2 milhões até 2030.

Enquanto isso, a circulação de carros elétricos na China já rendeu melhorias significativas na qualidade do ar em algumas cidades. No UOL Tilt, Felipe Zmoginski citou dados do governo de Pequim que apontam para uma queda de 60% no número de internações por doenças respiratórias nos últimos anos, reflexo do impulso dado pelo governo chinês à compra de veículos elétricos no país.

Em tempo: A eletrificação da frota automotiva ainda parece a promessa de um futuro distante no Brasil. Noves fora a queda no poder aquisitivo dos consumidores e a falta de incentivos governamentais para compra desse tipo de carro, que tornam os preços destes veículos proibitivos no país, o mercado brasileiro tem algumas peculiaridades que dificultam o crescimento dos elétricos por aqui – como a prevalência do modelo flex, que circula com etanol, um combustível menos poluente do que a gasolina. Tudo isso coloca o país na parte de trás na corrida global dos carros elétricos. Vale a pena ler as análises feitas pela Quatro Rodas e Canaltech sobre essa questão.

 

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ClimaInfo, 18 de outubro de 2021.

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