Crise climática é também social, humanitária e racial 

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Um bom indicador do quanto o debate climático se ampliou ao longo de mais de duas décadas e meia de negociações foi a marcha climática de sábado em Glasgow: segundo o Valor, ela reuniu sindicatos, pacifistas, feministas, movimento negro, grupos indígenas, partidos políticos de esquerda, religiosos, movimentos pela independência da Escócia, políticos de partidos verdes europeus, grupos de cientistas, de médicos e de educadores, além de jovens e ambientalistas.

Nesta COP, cresceu também a pressão dos movimentos negros no mundo todo para que se reconheça a dimensão racial da crise climática. Nesta sexta (5/11), mais de 220 entidades da sociedade civil, entre elas a Coalizão Negra por Direitos, o Perifa Connection e a Coordenação Nacional de Articulação de Quilombolas (CONAQ), apresentaram um manifesto em Glasgow reforçando que não existe mais a possibilidade de debater a crise climática sem incluir na discussão o racismo ambiental, enfatizando que crise climática é também humanitária e com impacto direto sobre as populações negras, quilombolas e dos Povos Indígenas. Para os signatários, o debate fundamental de racismo ambiental ainda não foi devidamente incorporado pelos movimentos ambientalistas no Brasil. A notícia é do Projeto Colabora.

 

ClimaInfo, 8 de novembro de 2021.

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