EUA liberam reservas estratégicas de petróleo para combater alta nos preços internacionais

EUA reservas de petróleo

Depois de pedir à OPEP e aliados (OPEP+) por um aumento do ritmo de produção de petróleo, sem sucesso, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta 3ª feira (23/11) uma ação conjunta com outros países para liberar parte de suas reservas estratégicas nacionais. O objetivo da medida é conter a alta dos preços internacionais do petróleo, que estão puxando para cima a inflação em diversos países e prejudicando os esforços de retomada econômica pós-pandemia.

A ofensiva de Biden contra a OPEP+ conseguiu apoio de grandes consumidores de petróleo, como China, Índia, Japão e Reino Unido. A Casa Branca afirmou que pretende liberar cerca de 50 milhões de barris de petróleo nas próximas semanas. No total, o esforço deve resultar na liberação de 65 a 75 milhões de barris, pouco mais que a metade do consumo diário mundial (cerca de 100 milhões de barris por dia).

Ao menos em um primeiro momento, a medida não parece ter tido efeito nos preços internacionais do petróleo, com o valor do barril Brent nos contratos futuros em US$ 82,39 na tarde de ontem, alta de 3,38%. Entretanto, especialistas esperam que haja uma queda nos preços do petróleo, ainda que momentânea: afinal, os estoques que estão sendo usados agora são limitados e, em algum momento, terão que ser repostos. De toda maneira, a situação seria um incômodo para a OPEP e sua principal parceira, a Rússia. Isso porque, para compensar a liberação das reservas norte-americanas, o cartel teria que adiar o aumento de sua produção em dois meses, o que não será um movimento político fácil dentro de um grupo marcado por disputas internas recentes.

Valor e O Globo deram detalhes da movimentação de Biden contra a OPEP+. Associated Press, BBC, Bloomberg, CNN, Financial Times, NY Times, Reuters e Wall Street Journal, entre outros, também destacaram essa notícia.

 

ClimaInfo, 24 de novembro de 2021.

Clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.