Incêndios florestais ultrapassam patamar histórico e continuam aumentando

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Os incêndios florestais neste ano emitiram cerca de 1,76 bilhão de tCO2e, segundo medições do serviço europeu de monitoramento da atmosfera, o Copernicus. Isso equivale a 80% de todas as emissões nacionais, incluindo o desmatamento. Fosse um país, seria o quarto ou quinto maior emissor do mundo. Muitas das regiões atingidas pelos incêndios estão ficando mais quentes e mais secas aumentando, assim, a inflamabilidade da vegetação. Mark Parrington, cientista sênior do Copernicus, disse que a consequência disso foram os incêndios enormes deste ano e que cresceram e se espalharam em alta velocidade. A página do Copernicus discorre sobre os principais incêndios na Sibéria russa e chinesa, na América do Norte, no Mediterrâneo e na península indiana. A Reuters e o Independent deram matérias sobre o trabalho.

Em tempo: Moradores da Califórnia estão enfrentando uma nova onda de imigração climática, desta vez de quatro patas. Os incêndios e secas estão empurrando coiotes, ursos, gatos, porcos selvagens e alces para perto e, às vezes, para dentro das cidades. Embora nenhum humano tenha sido atacado até agora, animais domésticos estão tendo menos sorte. Na Bloomberg, um pesquisador americano comenta que é irreal esperar que encontros entre animais selvagens e humanos não se tornem mais frequentes. Ao invés de promover campanhas de extermínio, seria mais do que aconselhável aprender a conviver com eles.

 

ClimaInfo, 7 de dezembro de 2021.

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