A pandemia atingiu em cheio a indústria do turismo em todo mundo. Afetada pelas restrições nacionais e internacionais à circulação de pessoas, o setor teve um 2020 catastrófico e deve fechar 2021 com poucos motivos para comemorar – e, para 2022, as perspectivas são incertas, especialmente por conta dos efeitos da variante Ômicron. O problema é que, mesmo pensando nos médio e longo prazos, a situação também preocupa – e a crise climática está no centro desta questão.
O Guardian conversou com especialistas do setor para avaliar como a questão climática já está impactando as viagens turísticas mundo afora. Por exemplo, a Grécia sofreu com o forte calor no último verão, temporada de alta demanda turística, que causou incêndios devastadores em diversos pontos do país, especialmente na ilha de Eubeia. Um dos vídeos que viralizaram durante a crise mostrou exatamente a fuga de turistas que tiveram que ser resgatados para escapar do fogo em um resort. Outro exemplo está nas Ilhas Salomão, um dos lugares mais bonitos do planeta, mas que está ameaçado pelo avanço do nível do mar: as praias paradisíacas estão perdendo turistas e ganhando troncos de árvores levados pela maré.
Em todos os casos, duas preocupações emergem: primeiro, diversos destinos turísticos estão sofrendo com os efeitos da mudança do clima, o que pode afetar a “atratividade” dessas áreas para os turistas; e, segundo, a possibilidade de que o turismo de massa, que criou uma das indústrias mais rentáveis do planeta no século passado, esteja com os dias contados por conta dos impactos climáticos do transporte marítimo e aéreo de bilhões de pessoas.
ClimaInfo, 7 de dezembro de 2021.
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