O que esperar das finanças climáticas no ano que vem

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Pelas repetidas declarações de seus executivos, o setor financeiro pode dar a impressão de estar avançando velozmente na direção da neutralidade climática. Kate MacKenzie, na Bloomberg, escreve sobre o que esperar deste movimento no ano que vem. Ela conta que há mais intenção do que alteração no portfólio de bancos e fundos de investimentos e que os recursos para o setor fóssil estão longe de dar sinais de diminuição. Mesmo em algo teoricamente simples, como o de reportar os riscos climáticos, houve pouco avanço.

MacKenzie adverte: “Um sistema financeiro global inacessível aos países mais pobres, não dará conta das rápidas mudanças necessárias para limitar o aquecimento a 1,5°C. Para fazer uma diferença real, os líderes e tomadores de decisão terão que adotar abordagens disruptivas que realmente rompam com o passado.”

Uma notícia talvez boa, vinda dos EUA: segundo a Price of Oil, o governo Biden lançou diretivas gerais para todas as agências  envolvidas em organismos multilaterais para excluir projetos de petróleo, gás e carvão do financiamento público internacional.

E por falar de petróleo e gás, a Shell pode ser a primeira grande petroleira a se candidatar à categoria de refugiada climática. Após perder embates nas cortes holandesas, os acionistas aprovaram concentrar a direção da empresa em Londres. A decisão foi notícia na AP, Reuters, Guardian, Quartz e no Financial Times.

Em tempo: Ainda sobre o petróleo, Richa Syal, no Guardian, relembra os megaincêndios nos poços do Kuwait que Saddam Hussein incendiou quando bateu em retirada do país vinte anos atrás, na 1ª guerra do Golfo. Os incêndios em mais de 700 poços levaram quase um ano para serem debelados.

 

ClimaInfo, 13 de dezembro de 2021.

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